"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

1 de junho de 2013

Sofá - berço felino e canino

Inesquecível o dia em que comprei este sofá. É o maior de um conjunto de três e dois lugares.
Lembro que estava com a mãe fazendo compras de final de ano quando decidi presentear-me um conjunto estofado. Entramos em diversas lojas e nenhum agradou. Na última, já próximo de casa, entramos e fui andando até o fundo da loja, bati o olho e decidi: é este! Paguei com "magalhetas".
Para quem não sabe, "magalhetas" foi o nome dado a uma espécie de vale que os funcionários da Prefeitura do Município receberam como décimo terceiro salário no final dos anos noventa, pois dinheiro não havia, nossos salários estavam três meses atrasados e foi a maneira que o prefeito encontrou para que se pudesse ter um final de ano melhor. Assim, trocávamos as "magalhetas" por produtos em estabelecimentos conveniados.
Desde que casei, tive apenas três conjuntos estofados para sala de estar. O primeiro, super moderno nos anos setenta, estilo colonial, a madeira branca e assentos e encostos em veludo vermelho. O segundo, também em estilo colonial, encostos e braços em couro e almofadas em tecido gobelin e o terceiro é este que transformou-se em berço felino e canino. O de dois lugares há muito foi doado.
O lençol que cobre parte do sofá, eu fiz em casa, com babados, fitas e barrado de renda de algodão. É o tal lençol de vira que aboli, tenho apenas dois de linho que estão guardados para as "visitas". O edredom foi muito usado pelo meu filho, pela mãe e finalmente por mim. Como minha cama é partilhada com caninas, os edredons são lavados muito seguido e quando desbotam e a fibra fica desparelha, vai para o sofá. Depois do sofá, é cortado em pedaços que são doados para animais mais "carentes" que os da mansão.
Enquanto fotografava a soneca no sofá, Francisco pulou nas minhas costas e sentou no meu ombro. Ao fazer o costumeiro carinho da cabeçada, cliquei e a foto saiu tremida.

29 de maio de 2013

Cachorrices de maio

Mês de maio bastante complicado e turbulento aqui na mansão. Muita umidade e muitas faltas da funcionária. Vinte e nove gatos e doze cães para dar conta sozinha, numa casa com mais de vinte cômodos, é difícil.
Mas, aqui não é muro de lamentações, embora elas apareçam seguido, vamos a algumas imagens e situações engraçadas dos últimos dias.
Com a umidade altíssima durante todo o mês, muito pouco Jiló e Julica puderam ficar no jardim.
Percebem um cão dentro da manga de um casaco? Pois o Jiló, não tendo mais o que inventar no espaço restrito (embora quase do tamanho de casa popular), enfiou-se manga a dentro
Julica o ajudou sair e levou o casaco para a "caminha" e o intimidou com rosnados, vejam as orelhas dele "para trás". Essa é a casinha de inverno deles 
e até banheiro privativo tem. 
Adoro minha velhinha Fiapo. É muito feiinha tadinha, mas apronta várias para me fazer rir.
Caçou um ratinho dos brinquedos dos gatos
mastigou-o (sem dentes) como se fosse fina iguaria.
Tentei tirar-lhe o petisco mas não consegui, ela rosnava muito e tive medo da mordida desdentada.
Da mordida desdentada da Fi tive medo, mas como sou muito teimosa e assim como várias vezes soltei a Leona da corrente e ela escalou os muros e fugiu, teimo em socializar ela e a Nausy que se odeiam. A Nausy saiu de dentro de casa, passou pela Leona, numa boa mas a Leona resolveu rosnar e a Nausy voltou e abocanhou a orelha da Leona. Para separar as duas, peguei a Leona no couro das costas e ergui sobre uma prateleira pouco mais alta que eu. Como fiz isso com uma só mão? Não sei. Mas a Nausy não desistiu de avançar e num dos pulos, coloquei meu braço na frente de sua boca, sobrando uma bela dentada no meu pulso.