"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

1 de julho de 2011

Um pouco de história com história familiar

Mostrarei um pouco dos meus ascendentes, vindos da Alemanha, no século XIX, quando alemães instalaram-se no Rio Grande do Sul. O casal abaixo, nasceu no início do século XIX e vieram, já casados, e, até onde sei, com um filho. O filho, nascido na Alemanha em 1827, após casar-se com filha de imigrantes alemães, mas nascida no Brasil, instalaram-se onde hoje é o município de Teutônia, Rio Grande do Sul.

Construíram casa, moinho e ali tiveram seus filhos e produziram farinha na indústria familiar.
Em 2004, estivemos no local onde ainda se encontra o prédio, tombado pelo patrimônio histórico do município. Quando do tombamento, não pertencia mais à família que construiu, mas permitiram a visita e as fotografias.
A porta, de onde estamos saindo, mãe e eu, contém a inscrição F.G. 1874, gravada  na madeira e dava significado à data em que foi finalizada a construção.
Em 1876, outra parte da edificação foi finalizada e recebeu na porta a inscrição F.G. 1876.
Algumas peças do moinho encontravam-se ainda no local, em 2004, hoje não sei, tendo o moinho funcionado até 1985. Quando conheci, estavam as peças, infelizmente nas condições abaixo:

Uma das coisas que mais chamou-me a atenção foi, na foto acima, a colocação das pedras e das enormes vigas de madeira, os encaixes perfeitos.  

Abaixo, minha atenção voltou-se aos pinos em madeira, todos iguais, feitos artesanalmente. 
A propriedade era muito grande, a água para mover o moinho, vinha de um rio, passava por uma canaleta ao lado da casa
e movia esta roda d'água.
É necessário salientar que as construções unidas, residência, moinho bem como os equipamentos, foram todos construídos ali mesmo ao longo dos anos, por membros da família e alguns escravos. 
É lamentável ver um patrimônio cultural e sentimental degradar-se, mas que fazer se o espírito aventureiro era presente na maioria dos homens da família e, meu bisavô, em 1911, juntou mulher, filhos, alguns amigos e tralhas, lotou duas carroças e saiu desbravando o Rio Grande do Sul. O ponto de parada foi na localidade que hoje denomina-se Engenheiro Luiz Englert, entre Getúlio Vargas e Passo Fundo, distante 250 quilômetros do local de partida. No início, as carroças serviam de habitação, enquanto eram construídos barracões de madeira para acomodar a família, empregados e alguns animais. 
Essa aventura foi feita com minha bisavó grávida do quarto filho.
Bisavô, Bisavó e entre eles, meu avô materno
A qualidade das fotos em preto e branco está ruim porque fotografei o xerox de uma foto.
Aqui, , bisavô e bisavó, sentados na área da casa, alguns anos já passados, e, como a mãe conta, foi onde ela passou as férias mais encantadoras de sua infância.

Um comentário:

  1. Que post lindo Beth! História, em seu sentido mais amplo, misturada com história de vida, de família. Adorei as fotos também; admiro muito os desbravadores, corajosos, inventivos e que tanto nos deixaram. Tens motivos de sobra para te orgulhares de tua família. Beijos

    ResponderExcluir