"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

10 de julho de 2011

Fragmento da História da Família em Getúlio Vargas

Ao retornar para a casa dos pais em Luiz Englert, após tornar-se Dentista Prático Licenciado, meus avós casaram em 1922 e estabeleceram-se em Getúlio Vargas. Além de exercer a profissão de dentista, ao mesmo tempo foi proprietário de uma livraria.

As fotos acima são da praça de Getúlio Vargas, hoje remodelada. Na casa de madeira, no canto direito minha mãe brincou muito e eu, na adolescência, várias vezes ali fiquei hospedada e assisti na televisão, antes de ir para um baile, no dia 20 de julho de 1969, a chegada do homem na lua.
Na época, a casa pertencia a amigos do meu avô e avó e hoje ainda pertence aos descendentes. Vai longe o tempo, os mais velhos partiram, mas o carinho e a amizade permanecem ainda hoje. O prédio de alvenaria é o Clube Aliança, onde meus avós, pais, eu e minhas amigas, muito nos divertimos.
Em vinte de fevereiro de mil novecentos e quarenta e seis, meus pais casaram, apenas no civil porque as religiões eram opostas, pai Católico e mãe Evangélica de Confissão Luterana.


Casamento ecumênico, naquela época, nem pensar e para casarem na Igreja Católica, a mãe teria que ser batizada novamente com que não concordaram nem ela nem o pai. Mãe trocou o vestido de noiva por um conjunto de sofá e duas poltronas, desde jovem prática e decidida. Foi um namoro bastante tumultuado porque meus avós maternos não aceitavam meu pai por não ser alemão.

Nos relatos anteriores ficou claro que os ascendentes da mãe, tanto paternos quanto maternos, eram alemães e, na foto onde o pai está assinando o Livro de Registro Civil, nota-se pelo tom da pele e feições que de alemão ele não tinha nada. Seu pai era imigrante Libanês e a mãe italiana. 
Mesmo o namoro sendo difícil, esperaram até a mãe atingir a maioridade em vinte e um de dezembro de mil novecentos e quarenta e cinco. Assim, ao completar vinte e um anos  comunicaram que se casariam dentro de dois meses e assim fizeram. Importante salientar que nunca houve inimizade entre as famílias, pelo contrário, meu pai a partir do casamento teve no meu avô materno um segundo pai.
O primeiro fruto da união, nasceu em onze de dezembro de 1946, dez meses após o casamento. 
O casal com o filho mais velho no primeiro aniversário. 

Um comentário:

  1. Que lindo Beth: o amor vencendo o preconceito! Que sorriso lindo o da tua mamãe.
    Ah, já visitei o blog do Tiago e adorei: o senso de humor, as aventuras tragicômicas. Como estava com pouco tempo, não cheguei a comentar, mas voltarei lá para ler mais e deixar comentários.
    Sabias que Tiago ia ser o nome da Tati, se fosse um menino? Quase nove anos depois, quando Francisco nasceu, senti um desejo irresistível de lhe dar o nome de meu pai, uma pessoa muito especial que faz parte da minha vida até hoje (tinha 14 anos quando ele se foi). Beijos

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